sábado, 18 de abril de 2009

The Horrorist - Room of Poser's (Letra)

Room Of Posers
.
Walking around the nightclub
all the people make me sick.
Dancing and having a goodtime
oh there all just full of shit.
.
Yeah I have to slip myself something
there's nothing else to do.
I"m in a room of posers
and you know i'm looking at you!
.
She's in makeup ads
She's a beauty queen
she throws up on the floor.
He's an independant filmstar
but really just a faggit whore!
.
The princess of bolemia
dancing with the kind of queer
all there problems twisted together
I can't help but stop and stare!
.
All the people dance around look at all the fools.
All the people dance around look at all the fools.
All the people dance around look at all the fools.
.
The dj spins some records
he think he is a musician.
The bouncers think there tough guys
but they are just big and fat.
The bartender's a slut
and the barbacks are illegal.
It makes me really wonder
why do i fit in?
...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Futurisk - Video's


Futurisk - Meteoright




Futurisk - Army Now

Pavillon 7B - The Sailor (Letra)


[ pavillon 7b - the sailor ]
.
i, love you!
(i... i was, i... i... was, i wasn't scared, i swim, i mustn't swim, i swear?)

you find within you find my mind
you find the big deep man in me
you find the stream you find the gate
you find the filling in the bed
you find the rail you'll find the beast
you find the red beast on my way
you find the stream you find the gate
you find the filling in...,
THE BED
i... i wasn't scared...!
you find the beam you find my mind
you find the big deep man in me
you find the stream you find the gate
you find the filling in the bed
you find the rail you'll find the beast
you find the red beast on my way
you find the stream you find the gate
you find the filling in...,
THE BED
were trying out sex, a no good exercise
were trying out sex, a no good exercise
were trying out sex, a no good exercise
were trying out sex, a no good exercise
i wasn't scared, i wasn't i wasn't scared!
you find within you find my mind
you find the big deep man in me
you find the stream you find the gate
you find the filling in the bed
you find the rail you'll find the beast
you find the red beast on my way
you find the stream you find the gate
you find the filling in..., THE,
BED!
you find within you find my mind
you find the big deep man in me
you find the stream you find the gate
you find the filling in the bed
you find the rail you'll find the beast
you find the red beast on my way
you find the stream you find the gate
you're trying out sex as a good exercise!
i'm a sailor on your sea
i'm a sailor on your sea
i'm a sailor on your sea
i'm a sailor on your sea
x1,000 background lyric (you're trying out sex as a good exercise)

César vallejo

"999 calorías.
Rumbbb... Trrraprrr rrach... chaz
Serpentinica u del bizcochero"

César vallejo, Trilce, XXXII

Décio Pignatari

E arrancou minha pele sem sangue
E partiu encoberto com ela
Atirando-me os poros na cara.
Décio Pignatari.

Giacomo Balla - Manifesto futurista da roupa masculina. 1913

Giacomo Balla - Página do "Manifesto futurista da roupa masculina". 1913

"Flutucaféchique Rosaverdastocheio transpomotocar lojalegucorte
casabrancazupreta aerobitucharutal céutelhamareluz fotocinechato
barbebumzoado"

Antonio Sant'Elia - Aeroporto e estação ferroviária ...1914

Antonio Sant'Elia - Aeroporto e estação ferroviária com elevadores e funiculares sobre rua de três niveis 1914

Oswald de Andrade

"Contra o Padre Vieira. Autor do nosso primeiro empréstimo, para ganhar comissão. O rei-analfabeto dissera-lhe : ponha isso no papel mas sem muita lábia. Fez-se o empréstimo. Gravou-se o açúcar brasileiro. Vieira deixou o dinheiro em Portugal e nos trouxe a lábia.

OSWALD DE ANDRADE Manifesto Antropófago - Em Piratininga Ano 374 da Deglutição do Bispo Sardinha." (Revista de Antropofagia, Ano 1, No. 1, maio de 1928.)

Robert Delaunay - A Roda e a Torre 1912/1913

Robert Delaunay, A Roda e a Torre 1912/1913

Carlos Drummond de Andrade - Eu? Tu?

Carlos Drummond de Andrade
Eu? Tu?

Não morres satisfeito.
A vida te viveu
sem que vivesses nela.
E não te convenceu
nem deu motivo
para haver o ser vivo.

A vida te venceu
em luta desigual.
Era todo o passado
presente presidente
na polpa do futuro
acuando-te no beco.
Se morres derrotado,
não morres conformado.

Nem morres informado
dos termos da sentença
de tua morte, lida
antes de redigida.
Deram-te um defensor
cego surdo estrangeiro
que ora metia medo
ora extorquia amor.

Nem sabes se és culpado
de não ter culpa. Sabes
que morres todo o tempo
no ensaiar errado
que vai a cada instante
desensinando a morte
quanto mais a soletras,
sem que nascido, mores
onde, vivendo, morres.

Não morres satisfeito
de trocar tua morte
por outra mais (?) perfeita.
Não aceitas teu fim
como aceitaste os muitos
fins em volta de ti.

Testemunhaste a morte
no privilégio de ouro
de a sentires em vida
através de um aquário.
Eras tu que morrias
nesse, naquela; e vias
teu ser evaporado
fugir à percepção.
Estranho vivo, ausente
na suposta consciência
de imperador cativo.

Foste morrendo só
como sobremorrente
no lodoso telhado
(era prêmio, castigo?)
de onde a vista captava
o que era abraço e não
durava ou se perdia
em guerra de extermínio,
horror de lado a lado.

E tudo foi a caça
veloz fugindo ao tiro
e o tiro se perdendo
em outra caça ou planta
ou barro, arame, gruta.
E a procura do tiro
e do atirador
(nem sequer tinha mãos),
a procura, a procura
da razão da procura.

Não morres satisfeito,
morres desinformado.

Blaise Cendrars

"Em Fidji reina a eterna primavera
A Preguiça
O amor desfalece os casais na relva e a sífilis
Ardente ronda sob as bananeiras"
.
Blaise Cendrars, La Prose du Transsibérian '1913'

The Normal - TVOD (Video)


The Normal - TVOD

The Normal - Warm Leatherette (Letra)



The Normal - Warm Leatherette


Warm leatherette
See the breaking glass, In the underpass
Warm leatherette
Hear the crushing steel, Feel the steering wheel
Warm leatherette
Warm leatherette
melts on your burning flesh
you can see your reflection
in the luminescent dash
Warm leatherette
A tear of petrol
is in your eye
the hand brake
penetrates your thigh
quick!
let's make love
before you die.
on
warm leatherette
join
the car crash set.


Friedrich Engels - Frase


"Todos os macacos antropomorfos que existem hoje podem permanecer em
posição erecta e caminhar apoiando-se unicamente sobre seus pés;"
"Friedrich Engels"

Kafka - Além das dunas (letra)


Kafka - Além das dunas

É quando eu deixo as idéias
Quando penso abstratas
Eu cego, sinto as imagens
Eu cego, sinto as imagens

E mais além porque
E mais além porque
E mais além porque
Não ha mais ninguém

É quando eu deixo as idéias
Quando penso abstratas
Eu cego, sinto as imagens
Eu cego, sinto as imagens

E mais além porque
E mais além porque
E mais além porque
Não ha mais ninguém

Ir além das palavras
Ir além da imagem
Ir além das dunas desertas
Ir mais além
Ir além das palavras
Ir além da imagem
Ir além das dunas desertas
Ir mais além

E mais além porque
E mais além porque
E mais além porque

Alphaville - Jean-Luc Godard (1965)

"Estação central de interrogatório"

HF=MC2

A "Memoria Central" è nomeada assim por causa do papel primordial que interpreta na organização lógica dentro do Alfa-60. Mas ninguem viveu no passado e ninguem viverá no futuro o presente é a forma de toda vida. Esta qualidade não pode ser mudada por quaisquer meios.
O tempo é como um circulo que dá voltas eternamente. O arco descendente é o passado. O arco que escala é o futuro. Tudo foi dito contanto que palavras não mudem seus significados e significados suas palavras. Não é obvio que alguem que viva customeiramente em um estado de sofrimento requeira um tipo diferente de religião de uma pessoa habitualmente em um estado de bem estar? Antes de nós nada existiu aqui. Ninguém. Nós estamos totalmente sozinhos aqui. Nós únicos, terrivelmente únicos. O significado de palavras e de expressões, não é mais compreendido. Uma palavra isolada, ou um detalhe de um desígnio pode ser entendido. Mas o significado de todos os escapes. Uma vez que conheçamos o número um nós acreditamos que conhecemos o número dois porque um mais um é igual a dois. Nós esquecemos que primeiro nós temos que saber o significado de somar. Os atos dos homens carregado sobre os séculos passados vão gradualmente destruí-los, logicamente. Eu, Alfa-60 sou somente os meios lógicos desta destruição.

*trecho do filme Alphaville de Jean-Luc Godard (1965).

Zero - Carne Humana (letra)



Zero - Carne Humana

Composição: Guilherme Isnard

A melodia ecoa e vem contar
O que de outro jeito o tempo ia perder
Sobre os mistérios de além mar
Tantas cidades ela viu nascer
E outras tantas desaparecer
Que nem castelos pelo ar
Uma cidade é pedra e cal
Não é carne como o homem é
Um homem pode ser um nobre animal
Os muros não tem fé
Perceba o som que lembra o vento assobiar
Por entre as ruínas que agora dão lugar
Ao que sonhou poder se eternizar
Velha canção que só faz repetir
Pra paredes surdas que não vão sentir
Que existem poucas chances pra arriscar

Uma parede é pedra e cal...
Uma cidade é pedra e cal
Não é carne como o homem é
A babilônia enfrenta o vendaval
Mas se afoga na maré
A melodia insiste pra te convencer
Que uma parede surda também deve ter
Uma janela aberta em algum lugar
A voz de sempre então vai repetir
E alguns muros hoje vão ouvir
Que está na hora de acordar

Kazímir Maliévitch - Trio Inovador vem ao Brasil

Trio Inovador - Kazímir Maliévitch

"A academia é uma câmara mortúaria mofada em que a arte está sendo flagelada.
Guerras gigantes, grandes invenções, conquista do ar, velocidade da viagem, telefones, telégrafos, grandes navios de guerra, são o reino da eletricidade.[...]
A nova vida de ferro e a máquina, o rugir dos motores dos automóveis, o brilho das luzes elétricas, o rosnaddo das hélices, despertaram a alma, que estava sufocando nas catacumbas da velha razão e emergiu na interseção das trilhas do céu e da terra.
Se todos os artistas vissem os cruzamentos dessas trilhas celestes, se compreendessem essas monstruosas pistas e interseções de nossos corpos com as nuvens nos céus, então não pintariam crisântemos."
Kazímir Maliévitch

...

*Estará em São Paulo, de 24 de setembro a 15 de novembro uma mostra que traz a arte de Vanguarda russa para o Brasil, mais infos:
Revista Época

Giacomo Balla, Dinamismo de um cão em movimento, 1912

Giacomo Balla, Dinamismo de um cão em movimento, 1912

Manifesto Futurista - Video

O Video abaixo é uma animada interpretação do Manifesto Futurista escrito por Marinetti em 1909 e publicado aqui no post passado. Inspirado pela arte e design de Norman Bel Geddes e Raymond Loewy.

Manifesto Futurista - Marinetti (1909)



O Manifesto Futurista foi escrito pelo poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti, e publicado no jornal francês Le Figaro. Este manifesto marcou a fundação do Futurismo, um dos primeiros movimentos da arte moderna. Consistia em 11 itens que proclamavam a ruptura com o passado e a identificação do homem com a máquina, a velocidade e o dinamismo do novo século.

Fundação e Manifesto Futurista

20 de fevereiro de 1909

Havíamos velado a noite inteira -meu amigo e eu- sob lâmpadas de mesquita com cúpulas de latão perfurado, estreladas como nossas almas, porque como estas irradiadas pelo fulgor fechado de um coração elétrico. Tinhamos conculcado opulentos tapetes orientais nossa acídia atávica, discutindo diante dos limites extremos da lógica e enegrecendo muito o papel com escritos frenéticos.

Um orgulho imenso intumenscia nossos peitos, pois nós nos sentíamos os únicos, naquela hora, despertos e eretos, como faróis soberbos ou como sentinelas avançadas, diante do exército de estrelas inimigas, que olhavam furtivas de seus acampamentos celestes. Sós com os foguistas que se agitam diante dos fornos infernais dos grandes navios, sós com os negros fantasmas que remexem nas barrigas incandescentes das locomotivas atiradas a uma louca corrida, sós com os bêbados gesticulantes, com um certo bater de asas ao longo dos muros da cidade. Sobressaltamo-nos, de repente, ao ouvir o rumor formidável dos enormes bondes de dois andares, que passam chocoalhando, resplandecentes de luzes multicores, como as aldeias em festa que o Pó, transbordando, abala e arranca inesperadamente, para arrastá-las até o mar, sobre cascatas e entre redemoinhos de um dilúvio.

Depois o silêncio escureceu mais. Mas, enquanto escutávamos o extenuado murmúrio de orações do velho canal e o estralar de ossos dos palácios moribundos sobre as barbas de úmida verdura, nós escutamos, subitamente rugir sob as janelas os automóveis famélicos.

- Vamos, disse eu; vamos amigos! Partamos! Finalmente a mitologia e o ideal místico estão superados. Nós estamos prestes a assistir ao nascimento do Centauro e logo veremos voar os primeiros Anjos! Será preciso sacudir as portas da vida para experimentar seus gozos e ferrolhos!... Partamos! Eis, sobre a terra, a primeiríssima aurora! Não há que iguale o resplendor da espada vermelha do sol que esgrima pela primeira vez nas nossas trevas milenares!...

Aproximamo-nos das três feras bufantes, para apalpar amorosamente seus tórridos peitos. Eu estendi-me em meu carro, como um cadáver no leito, mas logo em seguida ressuscitei sob o volante, lâmina de guilhotina que ameaçava meu estômago.

A furiosa vassoura da loucura nos arrancou de nós mesmos e nos enxotou pelas ruas, íngremes e profundas como leitos de torrentes. Aqui e ali uma lâmpada doente, atrás dos vidros de uma janela, nos ensinava a desprezar a falaz matemática dos nossos olhos morredouros. Eu gritei: -O faro, o faro só basta às feras!

E nós, como jovens leões, perseguíamos a Morte, com sua pele preta maculada de pálidas cruzes, corria pelo vasto céu violáceo, vivo e palpitante.

Mas nós não tínhamos uma Amante ideal que erguesse até as nuvens sua sublime figura, nem uma Rainha cruel a quem oferecer nossos cadáveres, contorcidos como anéis bizantinos! Nada, para querer morrer, a não ser o desejo de livrar-nos finalmente de nossa coragem demasiado pesada! E nós corríamos, esmagando nas soleiras das portas os cães de guarda que se arredondavam embaixo do ferro de passar roupa. A Morte, domesticada, ultrapassava-me em cada curva, para oferecer-me a pata com graça, e de vez em quando se estirava no chão, com um barulho de maxilares estridentes, enviando-me, de cada poça, olhares aveludados e acariciantes.

- Saiamos da sabedoria como de uma casca horrível, e atiremo-nos, como frutos apimentados de orgulho, dentro da boca imensa e retorcida do vento!... Entreguemo-nos como pasto ao Desconhecido, não por desespero, mas somente para encher os profundos do Absurdo! Mal tinha pronunciado essas palavras, quando virei bruscamente sobre mim mesmo, com a mesma embriaguez insensata dos cães que querem morder a cauda, e eis que de repente vejo dois ciclistas que vêm ao meu encontro, titubeando como dois raciocínios, ambos persuasivos, apesar de contraditórios.

Seu estúpido dilema discutia sobre o meu terreno...

Que chateação! Arre!... Cortei o assunto, e, de desgosto, atirei-me de rodas para cima num fosso...

Oh! fosso materno, quase cheio de água barrenta!

Lindo fosso de oficina! Eu saborei avidamente tua lama fortificante, que me lembrou a santa mama preta ama sudanesa...

Quando me levantei - trapo sujo e malcheiroso - debaixo do carro virado, senti o coração perpassado, deliciosamente, pelo ferro incandescente da alegria!

Uma multidão de pescadores armados de vara e de naturalistas podágricos tumultuava em volta do prodígio. Com cuidado paciente e meticuloso, aquela gente preparou altas armaduras e enormes redes de ferro para pescar meu carro, parecido com um grande tubarão encalhado. O carro emergiu lentamente do fosso, abandonando no fundo, como escamas, a sua pesada carroçaria de bom senso e o seu fofo acolchoado de comodidade.

Pensavam que tivesse morrido o meu lindo tubarão, mas uma carícia minha bastou para reanimá-lo, e ei-lo ressuscitado, ei-lo correndo novamente, sobre suas poderosas nadadeiras!

Então, como rosto coberto da boa lama das oficinas, mistura de escórias metálicas, de suores inúteis, de fuligens celestes - nós, contundidos e de braços enfaixados mas impávidos, ditamos nossas primeiras vontades a todos os homens vivos da terra:

Manifesto do Futurismo

1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade.

2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.

3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o extase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.

4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.

5. Nós queremos entoar hinos ao homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.

6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificiência, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.

7. Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um caráter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostar-se diante do homem.

8. Nós estamos no promontório extremo dos séculos!... Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade onipresente.

9. Nós queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo - o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas idéias pelas quais se morre e o desprezo pela mulher.

10. Nós queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academia de toda natureza, e combater o moralismo, o feminismo e toda vileza oportunista e utilitária.

11. Nós cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifônicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas elétricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as oficinas penduradas às nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta.

É da Itália, que nós lançamos pelo mundo este nosso manifesto de violência arrebatadora e incendiária, com o qual fundamos hoje o "Futurismo", porque queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, de arqueólogos, de cicerones e de antiquários.

Já é tempo de a Itália deixar de ser um mercado de belchiores. Nós queremos libertá-la dos inúmeros museus que a cobrem toda de inúmeros cemitérios.

Museus: cemitérios!... Idênticos, na verdade, pela sinistra promiscuidade de tantos corpos que não se conhecem. Museus: dormitórios públicos em que se descansa para sempre junto a seres odiados ou desconhecidos! Museus: absurdos matadouros de pintores e escultores, que se vão trucidando ferozmente a golpes de cores e linhas, ao longo das paredes disputadas!

Que se vá lá em peregrinação, uma vez por ano, como se vai ao Cemitério no dia de finados... Passe. Que uma vez por ano se deponha uma homenagem de flores diante da Gioconda, concedo...

Mas não admito que se levem passear, diariamente pelos museus, nossas tristezas, nossa frágil coragem, nossa inquietude doentia, mórbida. Para que se envenenar? Para que apodrecer?

E o que mais se pode ver, num velho quadro, senão a fatigante contorção do artista que se esforçou para infrigir as insuperáveis barreiras opostas ao desejo de exprimir inteiramente seu sonho?... Admirar um quadro antigo equivale a despejar nossa sensibilidade numa urna funerária, no lugar de projetá-la longe, em violentos jatos de criação e de ação.

Vocês querem, pois, desperdiçar todas as suas melhores forças nesta eterna e inútil admiração do passado, da qual vocês só podem sair fatalmente exaustos, diminuídos e pisados?

Em verdade eu lhes declaro que a frequência diária aos museus, às bibliotecas e às academias (cemitérios de esforços vãos, calvários de sonhos crucificados, registro de arremessos truncados!...) é para os artistas tão prejudicial, quanto a tutela prolongada dos pais para certos jovens ébrios de engenho e de vontade ambiciosa. Para os moribundos, para os enfermos, para os prisioneiros, vá lá:- o admirável passado é, quiçá, um bálsamo para seus males, visto que para eles o porvir está trancado... Mas nós não queremos nada com o passado, nós, jovens e fortes futuristas!

E venham, pois, os alegres incendiários de dedos carbonizados! Ei-los! Ei-los!... Vamos! Ateiem fogo às estantes das bibliotecas!... Desviem o curso dos canais, para inundar os museus!... Oh! a alegria de ver booiar à deriva, laceradas e desbotadas sobre aquelas águas, as velhas telas gloriosas!... Empunhem as picaretas, os machados, os martelos e destruam sem piedade as cidades veneradas!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sleep Chamber

*matéria originalmente de 22/01/09 para o Blog "Th Modern Primitiv E"

Sleep Chamber

Formado em meados de 1980 Sleep Chamber é um dos e talvez o maior projeto de John Zewizz, desde o princípio o projeto contou com grandes nomes a começar pelo idealizador John Zewizz que além do Sleep Chamber paralelamente deu início e participou de vários projetos: Cult Of The Womb, Green Sex, Mahcanik, Ze Wizz Kidz, Hidious In Strength, Women of the SS, Noizeclot, Jonathan Briley, 7 from life, Daze of Trance, Massman, Dokument, Flagellants; Além de John o Sleep Chamber contou também com grandes nomes, entre eles se destacam alguns: Andrew Woolf (Dokument), Darline Victor (Human Flesh, Flagellants), Elaine Walker-Mullen (D.D.T., Zia), Eugene Difrancisco (Daze Of Trance), Jay Keegan (Zutrau), Jonathan Briley, Lawrence Van Horn (7 From Life), Malcom Smith (Massman, Dokument), Michael Moynihan (Coup De Grace, Blood Axis, Blood Conspiracy, Boyd Rice & Friends, Witch-Hunt), Thomas Thorn (Electric Hellfire Club, My Life With The Thrill Kill Kult, Slave State). John atribui a formação inconstante do SC ao fato dele ser um artista "solo" e trabalhar com artistas que em sua maioria tem seus próprios projetos sendo assim o SC pode ser considerado um projeto solo com inúmeras participações. Com esse grande leque de artistas o SC conseguiu ao longo de 20 anos migrar entre o dark ambient, o noise e o industrial apesar do SC descrever-se apenas como "Trilha sonora para o sexo" muitos o consideram um dos mais influentes projetos de industrial que assim como o "Throbbing Gristle" abriu caminho para inúmeras bandas tais como Ah-cama Sotz. Sem Dúvida uma das marcas do SC é a veia artistica de John Zewizz que influenciou e muito as capas e apresentações ao vivo que sempre abusaram da tematica em volta da magia, BDSM e do fetichismo, esse lado da banda ganhou força ao se unir ao grupo Barbitchuettes que durante as apresentações faziam perfomances ligadas ao mundo BDSM, o artista visual 23Travis também se juntou as apresentações dando maior ênfase aos shows que agora com iluminação, projeções e coreografias começava a abusar ainda mais dos elementos visuais. Em 2000 foi lançado o que se pode chamar de última criação do SC um 7" intitulado "Kum Kleopatra / Nessus" que com apenas duas musicas encerra uma enorme gama de criações, no entanto, em 2004 SC disponibilizou uma edição limitada do CD de remixes entitulada "SleepSirkle". John nunca mencionou o fim do SC mas seu rendimento começou a cair em 1995 quando John se tornou o principal suspeito pela morte de Karina Holmer, SC continuou na ativa, mas o golpe da acusação e sua relação com a Heroína começaram a afetar as produções que se tornaram cada vez mais espaçadas até pararem completamente em 2001 quando uma das bailarinas do grupo Barbitchuettes veio a falecer, em seguida no mesmo ano a morte de Laura Graff, sua namorada, foi sem dúvida um golpe muito forte para John Zewizz que parou não só a produção do SC mas de todos seus projetos e desde então à "Câmara do Sono" permanece silenciosa. TH. OU NÃO...


Hoje entrei no site do John e me deparo com a maravilhosa noticia:
NEW SLEEPCHAMBER CD! COMING EARLY MARCH 2009 ON KLANGGALERIE
featuring the new SLEEPCHAMBER line up of
John Zewizz, Bob Vakaen, Gimme Sparks, and George Bolton

Captured Spirits, spells, white horns and halos, white wings, black wings an a tail dimension ov fascination. You are who you made yourself or who you want to be. Destines are planned and maintained. Fate iz accepting that choices & change iz unobtainable. Enclosed dreams and dimensional ortals reveal audio that welkums entrance to secret and sorcery and charms turned spell.

Klanggalerie is no stranger to SLEEPCHAMBER. Having released 1997's limited edition 7" single "LIEZ IN THE SKYZ" as one of the labels inaugural releases. Since then Kanggalerie has gone one to release wonderful reissues by acts such as Nocturnal Emissions and Konxtruktivists, as well as new releases from such greats as Rapoon, Muslimgauze, Beequeen, and Nurse With Wound... just to name a few.
pois bem... vamos esperar... ;D